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domingo, 2 de setembro de 2012

Capitalismo Neoliberal VS Socialismo - Temos que criar uma barreira ao crescimento desta crise

São tempos conturbados, os desta enorme crise mundial. E neste pequeno país, tal como em todos os afectados por esta "peste negra" que dissipou pelo mundo, é clara a batalha entre o Capitalismo Neoliberal e as várias correntes ideológicas do Socialismo.
É com muita tristeza que se observa, de dia-para-dia, uma sobreposição das políticas capitalistas sobre as preocupações do estado social. Aliás, infelizmente, cada vez resta menos do estado social e de todas as políticas sociais dos governos anteriores!

Nunca escondi a minha preferência pela Esquerda moderada, nem tão pouco a minha defesa pelas políticas sócio-económicas que sirvam o desenvolvimento cultural, económico e tecnológico, numa premissa com as preocupações sobre a saúde pública, com a liberdade e a fraternidade, sem nunca esquecer os valores tradicionais, os valores e a boa e correta educação (não apenas a educação escolar, mas também os princípios e alicerces da personalidade dos indivíduos que formam as sociedades modernas).
Não podemos aceitar de forma branda, o que se está a passar no nosso país e no mundo. De mês para mês, perdemos cada vez mais capacidade económica! De mês para mês, são-nos retirados os benefícios do estado social! A direita afirma-se contra os abusos do estado social (que tem que se reconhecer que existiam e que, nesse aspecto, ainda bem que têm sido minorados), mas esquece-se que o rigor orçamental não pode afectar apenas a classe média! Não podem ser as classes mais baixas a pagarem a factura desta crise! Não podemos aceitar que, apesar do sacrifício pedido aos portugueses, o défice seja de 6,9%, claramente acima das metas indicadas pela Troika (não que a apoie, mas reconheço que o rigor orçamental é necessário em tempo de crise)! Mais uma vez, o nosso Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, que apesar de tudo merece o respeito dado a uma figura de estado, persiste em falhas e gralhas constantes e permite os "Jobs for the boys" (pelos vistos, os "Jobs for the boys" não são apenas nos governos socialistas!) e as asneiras do Sr. Miguel Relvas e da escória que os rodeia, quer por interesses obscuros ou claramente pessoais. É inaceitável que as promessas eleitorais que colocaram o PSD e o CDS no governo deste país (conseguindo assim o desejo de longa data, de terem um Presidente e um governo da mesma cor política), não tenham passado disso mesmo: Promessas! Promessas vãs, mentiras políticas e hipocrisias que serviram apenas para a eleição.
É muito bonito o discurso do "sacrifício", mas não podem ser sempre os mesmos a pagar e sofrer! Não queremos mais discípulos da Sra. Merkel e do Sr. Sarkosy e temos que deixar de achar que as economias do Mediterrâneo são iguais às do Norte da Europa e que o economicismo deve ser o estandarte da luta contra esta crise provocada pelo Neoliberalismo. "O Caminho da Servidão" de Von Hayek não é de todo o caminho a seguir e o Nacional Socialismo felizmente foi desacreditado.

Não apelo à anarquia de um "V de Vendetta", nem ao Socialismo revolucionário ou utópico e tão pouco pretendo apelar ao tumulto social. Mas acho sinceramente que caminhamos a passos largos, para um Totalitarismo economicista assustador, ao qual nos devemos opor!

O Último Cabalista de Lisboa







"Em Abril de 1506, durante as celebrações da Páscoa, cerca de dois mil cristãos-novos foram mortos num progrom em Lisboa e os seus corpos queimados no Rossio, O Último Cabalista de Lisboa, best-sellers em onze países, incluindo os Estados Unidos da América, Inglaterra, Itália, Brasil e Portugal, é um extraordinário romance histórico tendo como pano de fundo os eventos verídicos desse mês de Abril de 1506."

A nossa sociedade padece de enorme desrespeito pela história e pelo saber. Cada vez mais, as pessoas embrenham-se na sua vida pequena e fugás, esquecendo-se de olhar em redor e de observar o meio que as rodeia! Certo dia, num passado recente, andava eu de metro na minha rotina diária e dei por mim a olhar compulsivamente para um ancião Judeu e a relembrar o título de um livro que há muito queria ler! Numa ida rápida ao uma livraria, descobri uma edição de bolso de "O Último Cabalista de Lisboa" de Richard Zimler. Este respeitadíssimo escritor vive no Porto desde 1990, onde lecciona Jornalismo na Universidade do Porto.
 "O Último Cabalista de Lisboa" é um dos seus primeiros livros e, desde então, este autor tem explorado e mostrado muito do delicado universo do Judaísmo e das suas correntes filosóficas.
Além de uma escrita apaixonada e apaixonante, este romance histórico cativa não apenas pela magnífica narrativa, mas também pela descrição, por vezes terrífica, de um período negro da história. O Foco da história gira em torno dos acontecimentos daquele que ficou conhecido como o massacre de Lisboa de 1506, ou "Pogrom de Lisboa". Relata o anti-semitismo da época e a pressão constante sobre os Judeus, num abrir de portas para o início da Inquisição Portuguesa, 30 anos depois. O livro não abona muito à imagem do povo português e de Lisboa, mas ainda assim vale a pena pelo conteúdo e enorme interesse histórico que demonstra.
Sugiro a edição de bolso da "colecção BIS" da editora portuguesa Leya, traduzido por José Lima e já na 19ª edição. O preço de editor é de 7,50€, mas a maioria das livrarias vende com 10% de desconto, o que torna o livro bastante acessível.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A cidade de Lisboa sobre o ponto de vista dos roteiros turísticos brasileiros! É de ir às lágrimas com tanta ignorância!



Queridos cibernautas e bloguístas, quer sejam portugueses ou de outras nacionalidades, o que vão ler a seguir é de ir às lágrimas com tamanha ignorância!
Trata-se de uma apresentação sobre a cidade de Lisboa, que conta numa conceituada publicação de grande tiragem, especializada em turismo e que circula por toda a América Latina, de nome “Turismo & Negócios”:

A capital de Portugal, Lisboa, é a porta de entrada para a Europa. A cidade está em ascensão turística. O idioma oficial é o português, mas fala-se fluentemente o espanhol. É uma civilização marcada por diferentes costumes, de origem europeia e africana. Sua arquitectura é essencialmente gótica. Banhada pelo Oceano Pacífico e tendo como principal rio, o Tejo, Lisboa tem entre seus vultos históricos nomes importantes da história do Brasil, haja vista que já fomos colónia portuguesa. D. Pedro I e II, D. João VI e D. Maria Leopoldina, entre outras, figuram em nomes de ruas, museus e demais patrimónios públicos. Lisboa é uma cidade plana, de velhos mas bem conservados casarios, clima tropical húmido, temperatura variável, fria no Inverno e quente no Verão, mas nada comparável ao calor brasileiro. Graças ao estreito de Gibraltar, Portugal liga-se também ao Oceano Atlântico. O curioso é que quase 2/3 da capital portuguesa desapareceram após a II Guerra Mundial, mas o primeiro-ministro de então, Marquês de Pombal, providenciou a recuperação das ruínas, com orientação de excelentes arquitectos, reservando a originalidade das construções. (...)”

in Revista Turismo & Negócios - Maceió, Brasil

É verdade que grande parte da população brasileira tem a escolaridade mínima, mas isto é um chorrilho de asneiras, de quem é mesmo muito ignorante! Como é possível permitirem tanta asneira numa publicação! Aliás, se este artigo de tão poucas linhas diz o que diz, o que dirá o resto da revista! Questiona-se a qualidade da mesma.
Nem vale a pena apontar os erros todos, pois desde “(…)mas fala-se fluentemente o espanhol.” (si coño de puta madre; a mim me encanta los caramilhos com piñones) a “Sua arquitectura é essencialmente gótica” (será que eles sabem o que distingue a arquitectura gótica dos outros estilos arquitectónicos?), já para não falar de que de geografia não devem saber nada, ou não diriam que é “banhada pelo Oceano Pacífico” (o que dá imenso jeito quando queremos ir à Polinésia, que deve ser ali logo a seguir a Cascais!). Também ri bastante quando o artigo refere que “Lisboa é uma cidade plana” (quem apelidou Lisboa como sendo a “Cidade das 7 colinas” devia estar alcoolizado e não devia saber contar…e certamente tinha boas pernas para pedalar por Lisboa!). De resto, quem dera a Milão ter a nossa “planura”!!!). E o nosso clima? Ui!! “clima tropical húmido”! (Aquelas palmeiras no Parque das nações nunca me enganaram! Nem elas nem a Mata de Monsanto que só pode ser uma floresta tropical! Pena nunca ter visto Tucanos das vezes que lá fui! E já reparam no esforço que Lisboa fez para se reerguer dos escombros dos bombardeamentos da II guerra Mundial!? É que segundo o artigo, “quase 2/3 da capital portuguesa desapareceram após a II Guerra Mundial”, mas graças ao Marquês de Pombal que por sinal era amicíssimo do Dr. António Salazar é que recuperou tudo isto!!!!  Mas estou baralhado! Terá sido o terramoto de 1755 que destruiu parte da cidade???!!! Nem vale a pena continuar a enumerar mais das muitas “pérolas” deste artigo.
Chega de tanta ignorância. Será que a quantidade absurda de brasileiros a trabalhar actualmente em Portugal não leva um pouco de cultura para o seu país (por sinal, das poucas coisas acertadas que o artigo indica foi terem sido uma colónia nossa), quando lá vão passar 1 mês inteiro de férias? Era de esperar um pouco mais de cultura de país que tem uma bienal como a do Rio de Janeiro, que é das mais emblemáticas expressões da arte contemporânea.

terça-feira, 30 de março de 2010

Para quem gosta de boa música actual

Para aqueles que contantemente procuram algo para ouvir, sem caírem no gesto comercial...aqui fica uma sugestão para marcar o regresso das "crónicas de um universo paralelo" ;)
Röysopp
Album: Junior (2009)
melhores múcicas? todas...mas em especial, "The Girl and the Robot" (podem ver o video aqui nas crónicas, um pouco mais abaixo) com a cantora Robin; e "You don't have a clue".

Em 2010 saí mais um album de originais de nome "Sénior"...só se pode esperar ser ainda melhor :)

domingo, 11 de novembro de 2007

Apologia do direito fundamental à privacidade:


Mais um artigo publicado por mim no blogue "Todo-o-Mundo". Isto assim é engraçado - escrevo nos blogues dos meus amigos, e como acho os textos interessantes, acabo-os por publicar no meu :D

Sou um adepto inveterado das novas tecnologias e olho para a mesma evolução com uma visão de desejo por um futuro menos catastrófico e desastroso (porque tal também é possível, fazendo a correcta utilização da tecnologia e dos seus respectivos avanços, em todas as áreas de investigação) - As novas tecnologias, na sua génese constante, não estão diametralmente opostas aos direitos fundamentais da humanidade. A humanidade é que não sabe tirar, por vezes, o devido proveito para a sua auto-evolução.

Os direitos fundamentais e garantias, surgem no sentido de criar “linhas-mestras”, guias para a vivencia, convivência e protecção do Homem, reconhecendo e tentando precaver regimes autoritários, totalitários, e absolutistas. Assim, no artigo 5º no capítulo X dos Direitos Fundamentais, estão previstos vários tipos de privacidade – desde o direito à intimidade e individualidade (etc.) ao direito à integridade da “imagem-retratoversusimagem-atributo”. Qualquer pessoa, antes de ser focada a sua ascendência, tem o direito à sua individualidade e intimidade. Cabe a cada um de nós, fazer a gestão do que deve e do que não deve ser transmitido.

Os regimes e estados autoritários têm início no berço e âmago da nossa educação pelos pais e famílias. É erro comum dos nossos pais, acharem-se “donos” e detentores da nossa existência, sob todas as suas formas. Todos temos, desde que nos tornamos fisicamente independentes, o direito aos nossos pensamentos mais profundos, à nossa intimidade, à nossa vida privada ou sexual. Os nossos pais, quais oleiros a trabalhar o barro, pretendem dar-nos a “forma” que acham que nos deve padecer, mas também essa forma é um direito que nos assiste, como seres individuais. Que seria da minha imagem-atributo e da minha honra objectiva (o conceito de pessoa no meio social que nos rodeia), perante a sociedade, se fossem “publicados” os meus devaneios de adolescência? E não apenas os meus – os de toda a gente.

Por mais poético e terno que possa parecer a projecção de uma imagem impoluta e “editada”, o meu cérebro não deixa de fazer a associação de imagens entre o “editor” do The Final Cut e a imagem castradora do censor do estado novo, munido do seu lápis azul, a corrigir e indicar o não deve ser publicado!

O ser humano, em toda a sua plenitude, é constituído por uma sequência de acontecimentos, de interacções, de defeitos e virtudes - É isso que nos incute individualidade, carácter e personalidade. Quem nos rodeia, não necessita de ter acesso ao fio condutor da nossa individualidade, pois tal informação deve ser apenas reservada a nós.

Somos muito mais do que a matéria física que apresentamos aos outros. No nosso cérebro, na nossa intimidade, nem mesmo o decoro do martelo moral pode ter acção. Serve-nos de resto, os princípios morais que nos foram incutidos, mas não os julgamentos alheios - pois também os outros têm o direito à sua intimidade, individualidade e privacidade. E tudo se poderá resumir numa única frase: A nossa liberdade acaba quando começa a dos outros.

Post Scriptum: A ficção científica, nas suas múltiplas representações, legou-nos já alguns filmes como “Blade Runner”,“Gattaca, “Equilibrium, “O Homem Bicentenário” (baseado na obra de Isaac Asimov - The Bicentennial Man), o “THX1138” ou mesmo o “Aeon Flux. Todos eles, de uma forma ou de outra, referem-se às enumeras questões relacionadas com perdas de direitos fundamentais. Recomendo vivamente visualizarem com um olhar crítico e atento, os filmes supracitados (fala-vos o coração de um adepto fanático da ficção científica).

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Ando a escrever comentários em Blogues alheios, acerca do tema "comunidade virtual"

É verdade - ando a escrever nos blogues de outros cibernautas, mas "esqueço-me" de publicar posts no meu (o "esqueço-me" é pretexto de falta de paciência, claro)!!! Fica um comentário (que a mim me pareceu interessante - francamente, quanta presunção!) que deixei no blogue de uma grande amiga (com mais umas pequenas alterações ao texto original), esperando assim relançar alguns itens para discussão.

O tema da “comunidade virtual” é extremamente interessante. Mais do que a própria blogosfera, a capacidade do universo virtual é quase tão extensa e ilimitada, como a do nosso universo físico, permitindo um infindável número de abordagens.

Sem dúvida trata-se de um espaço paralelo, de uma nova dimensão, onde não só a informação circula livremente, mas de facto também nós, cibernautas e utilizadores deste mesmo espaço, podemos vestir a pele de uma entidade qualquer, diferente de nós e circular livremente – por vezes, até mesmo de forma anárquica, sem regras ou leis (o que prova os vários tipos de abusos

que surgem na comunidade virtual)! A complexidade de um avatar (como nossa projecção no mundo paralelo) apenas depende de nós próprios e da imagem ou personalidade que queremos mostrar ao universo de utilizadores virtuais.

Hoje em dia, penso que a tendência organizacional da Internet, como espaço paralelo das nossas vidas, esteja cada vez mais subdividido em pequenos sub-espaços ou sub-universos. Parece-me lógica essa cisão entre “espaço informativo” (vulgo, blogues e páginas de Internet) e “espaço de diversão” (comunidades de jogadores online, salas de chat e sub-universos paralelos (metaversos - universos de realidade virtual, como o Second Life ®).

Há na actualidade, uma autêntica diáspora para o universo virtual, justificada pela necessidade constante de expansão do ser humano.

Como cibernauta, percorro os vários universos em incursões e viagens constantes de reconhecimento, que me permitem não só alargar os meus conhecimentos, mas igualmente disfarçar os meus defeitos ou exagerar as minhas virtudes. O Second Life ® é, incontornavelmente, a realização de um tão esperado sonho, o grande passo para a concretização da exploração de universos paralelos, tão difundida pela literatura de ficção científica.

Mais do que um simples “genos” (onde até pode haver “laços sanguíneos” virtuais, se esse for o nosso desejo) a sua organização reproduz fielmente uma organização sociocultural complexa – podemos-nos organizar em clãs, vivendo de forma totalmente paralela à nossa vida real, onde possivelmente somos estranhos solitários em frente a um computador, ou num qualquer ponto de acesso à Internet. A pluralidade e diversidade existentes no espaço virtual é absolutamente fantástica - a hiper-realidade é absolutamente envolvente.

É curioso reparar na necessidade que o ser humano tem, de se afastar do plano físico, mas ao mesmo tempo reorganizar-se numa comunidade. Nunca deixamos de ser “animais sociais” – não conseguimos colocar de parte a nossa faceta humana. Não precisamos de ser ascetas, nem tão pouco queremos encontrar a solidão ou isolamento e até nos podemos “esconder” por detrás de um computador, quais eremitas da sociedade, mas os nossos sentidos primários clamam pelo contacto e proximidade da comunidade.

Pedro J. Ramos


Post Scriptum: (é tão giro ter a mania que sei falar latim) Sugiro leitura alargada sobre as teorias da hiper-realidade, publicadas pelo Humberto Eco e Jean Baudrillard (que como fotografo e poeta, tem uma visão absolutamente fantástica e apocalíptica da realidade). E claro, não esquecer a necessidade de se rever (pela enésima vez) a trilogia do Matrix.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

30 anos, a morte de um cataclismo anunciado! (ou a quebra de um mito)

Pois é, finalmente chegaram! Aparentavam doer bastante, pronunciavam depressões catastróficas, cataclismos e tudo o que de mau poderia haver...mas afinal...os 30 anos chegaram e a coisa até foi bastante divertida.

É certo que ultimamente, mesmo às portas da fatídica idade, o meu comportamento tem estado cada vez mais jovial, com comportamentos talvez até algo burlescos...mas acreditem (para quem ainda não os tenha), não custa mesmo nada e é altamente divertido!

o máximo que poderá começar a acontecer é ficar-se um pouco mais convencido, com a mania e prepotência de acharmos que já passámos por muito e que já ludibriamos a vida, tudo e todos, e que estamos cada vez mais giros e inteligentes.

Por isso, afirmo peremptoriamente tratar-se de um mito, que a passagem para os 30 anos de idade é dolorosa e depressiva
Crónicas de um Universo Paralelo

Crónicas de um Universo Paralelo